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Banco Central: Lula deve indicar mais 2 nomes, completando 4 diretores escolhidos pelo atual governo
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A diretoria colegiada do BC é formada por um presidente e oito diretores. Dois deles terminam mandato em 31 de dezembro de 2023. As indicações ainda precisam ser aprovadas pelo Senado Federal.
- Por Camilla Ribeiro
- 23/10/2023 22h17 - Atualizado há 1 ano
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, disse nesta segunda-feira (23) que o presidente Lula (PT) irá indicar mais dois diretores para o Banco Central, completando quatro nomes do atual governo.
“O governo deve anunciar os novos diretores do Banco Central esta semana, já comentei com ele [Rodrigo Pacheco] o perfil dos indicados, os nomes dos indicados”, disse a jornalistas logo após a reunião com Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal, na tarde desta segunda (23).
De acordo com Haddad, Lula já aprovou os dois nomes, mas ainda precisa fazer o envio das mensagens oficiais.
“Falta o envio da mensagem, fui falar com ele [Pacheco] justamente para tratar desse assunto para ele não ficar sabendo pela imprensa os nomes que vão chegar e quando a mensagem vai chegar”, afirmou.
Os nomes também precisam ser enviados ao Senado Federal por meio de despacho publicado no Diário Oficial da União.
Em outro momento, os indicados serão sabatinados pela Comissão de Assuntos Econômicos.
A diretoria colegiada do Banco Central é formada por um presidente (Roberto Campos Neto) e oito diretores.
Essa formação também faz parte do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por determinar a taxa básica de juros da economia, a Selic, a cada 45 dias.
Esse dois nomes indicados pelo presidente Lula ocuparão os mandatos que estão se encerrando.
Os mandatos de Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, e de Maurício Costa de Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, encerram em 31 de dezembro de 2023.
Neste ano, o governo também indicou outros dois diretores: Gabriel Galípolo, que estava na secretaria-executiva do Ministério da Fazenda, para a diretoria de Política Monetária, e Ailton Aquino, servidor de carreira do BC, para a diretoria de Fiscalização.
Os dois foram aprovados pelo Senado e assumiram o cargo em 12 de julho.
Veja o final dos mandatos dos diretores:
Mandatos até 2023
Fernanda Magalhães Rumenos Guardado: diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos Mandato fixo: Mandato fixo: de 26 de julho de 2021 a 31 de dezembro de 2023.
Maurício Costa de Moura: diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta Mandato fixo: de 26 de abril de 2018 a 31 de dezembro de 2023.
Mandatos até 2024
Otávio Ribeiro Damaso: diretor de Regulação Mandato fixo: de 23 de abril de 2015 a 31 de dezembro de 2024.
Carolina de Assis Barros: diretora de Administração Mandato fixo: de 25 de abril de 2018 a 31 de dezembro de 2024.
Mandatos até 2025
Diogo Abry Guillen: diretor de Política Econômica Mandato fixo: de 27 de abril de 2022 a 31 de dezembro de 2025.
Renato Dias de Brito Gomes: diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução Mandato fixo: de 27 de abril de 2022 a 31 de dezembro de 2025.
Mandatos até 2027
Ailton de Aquino Santos Diretor de Fiscalização Mandato fixo: de 12 de julho de 2023 a 28 de fevereiro de 2027.
Gabriel Galípolo Diretor de Política Monetária Mandato fixo: de 12 de julho de 2023 a 28 de fevereiro de 2027.